Pesquisadores descobrem antigo reino maia Sak Tz’i’
Boas notícias para historiadores, antropólogos e arqueólogos. Pesquisadores dos Estados Unidos, México e Canadá descobriram, em uma fazenda no México, a capital de um antigo reino maia. A escavação do local teve início em junho de 2018, liderada pelo professor de antropologia Charles Golden, da Universidade Brandels, e pelo bioarqueólogo Andrew Scherer, da universidade Brown.
Restos de pirâmides, uma quadra de jogo e um palácio real são algumas das descobertas. Além disso, valiosos monumentos maias foram encontrados durante a expedição. Um deles apresenta inscrições importantes para a história, descrevendo rituais, batalhas e a dança de um deus da chuva.
O sítio arqueológico Lacanja Tzeltal, assim chamado pela comunidade moderna, era a capital do reino Sak Tz’i’, segundo acreditam os pesquisadores. A área está localizada aonde é, hoje, Chiapas – um estado no sudeste do México. Eles também explicam que, provavelmente, a capital foi fixada em 750 a.C, e foi ocupada pelos maias por mais de 1.000 anos. Evidências sobre o reino Sak Tz’i’ já haviam sido descobertas por acadêmicos em inscrições encontradas em outras escavações. Ainda que Sak Tz’i’ não seja o reino maia mais poderoso que se tem notícias, o professor de antropologia Charles Golden reforça que a descoberta representa um grande avanço para a compreensão política e cultural dos povos maias.
O sítio foi localizado depois que um acadêmico, que fazia buscas pela região, encontrou com um vendedor de carne de porco que revelou a descoberta de uma antiga tábua de pedra, encontrada por um amigo. O vendedor colocou o amigo, dono da fazenda, em contato com o acadêmico, que fazia parte do um projeto de Golden. A permissão para a escavação só foi concedida após 5 anos de negociações, devido ao medo do fazendeiro de ter suas terras confiscadas, já que no México o patrimônio cultural é considerado propriedade do estado. Os líderes da escavação trabalharam em conjunto com o fazendeiro e funcionários do governo para garantir que a posse das terras permanecesse com o fazendeiro. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Journal of Field Archeology, e podem ser consultados online. Mais notícias sobre a descobertas podem ser encontradas na Revista Planeta.