Tesla anuncia cortes de salários e de mão de obra nos EUA e no exterior

A Tesla, Inc. revelou no dia 7 de abril deste ano que irá realizar cortes de salários dos trabalhadores e irá demitir os funcionários não essenciais para não entrar em uma recessão profunda. As notícias sobre essa manobra de contingenciamento devido à pandemia de coronavírus que se alastra pelos Estados Unidos, foram divulgadas pela Reuters logo depois do envio de emails feito pela administração da Tesla aos funcionários da empresa. Assim como a Tesla, diversas empresas do setor automotivo já estão demitindo e cortando salário de funcionários para contornar a crise.

A empresa disse que tem a pretensão de normalizar as operações somente no dia 4 de maio deste ano. Porém, isso são estimativas que dependeram de um contexto maior, reconhece a empresa no email enviado aos funcionários. Ao decorrer do mês de março deste ano, a Tesla suspendeu a produção de telhas solares que vinha acontecendo em Nova York e de veículos, que vinha acontecendo na baía de São Francisco.

Desde o dia 24 de março deste ano, a produção de veículos e equipamento aeroespacial da Tesla tem sido reduzida devido os efeitos da pandemia. Diante de esforços para gerenciar os prejuízos a longo prazo, a empresa tem cortado custos em diversos setores, mas não conseguiu evitar que a folha de pagamento fosse afetada.

O pagamento de funcionários da Tesla está reduzindo desde a primeira quinzena de abril e poderá manter-se assim até o final do segundo trimestre deste ano.

Os trabalhadores da gigante de veículos elétricos terão uma redução de 10% nos salários, seguido de um corte de 20% nos salários dos diretores e de 30% no salário do vice-presidente da empresa. Esse mesmo modelo de gestão temporária será adotada em unidades da Tesla fora dos Estados Unidos.

A empresa também informou que muitos funcionários já estão sendo deslocados para trabalhar em casa e muitos serão colocados de licença para não serem desligados. Dentre as unidades da Tesla em todo o mundo, somente a unidade nos Estados Unidos é responsável pela mão de obra de 10 mil funcionários, que produziram 415 mil veículos em 2019. A empresa disse que possui liquidez para conseguir lidar com esse período de incerteza com um caixa de US$ 6,3 bilhões.