Preço do petróleo volta a despencar devido à baixa demanda internacional

Um dia após os preços do petróleo ter tomado uma retomada de crescimento e fechar a sessão em alta, o preço do ativo despencou no pregão do dia 9 de abril deste ano, devolvendo os ganhos de 10% obtidos no pregão anterior. Os investidores ainda estão questionando a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se o acordo firmado com os países aliados sobre a demanda pelo produto será o suficiente neste momento de pandemia ao redor do mundo. As notícias sobre a alta do petróleo e a queda brusca dos preços na sequência, foram divulgadas no início do mês de abril deste ano.

A maior preocupação dos investidores é sobre a demanda global e se ela teria força suficiente para sustentar uma alta nos preços neste momento. Os contratos futuros do barril de petróleo Brent encerraram o dia em queda de 4,1%, chegando a ser negociado a US$ 31,48 cada barril. No mesmo ritmo, o barril de petróleo norte-americano fechou o dia em queda de 9,3%, chegando a ser negociado a US$ 22,76 cada barril. Esses foram considerados os menores preços de fechamento dos contratos futuros de petróleo em um intervalo de uma semana.

Um acordo firmado entre a Rússia e a Arábia Saudita para que o setor consiga lidar com o excesso de petróleo e com a queda de 30% na demanda pelo produto, ocorreu no dia 9 de abril deste ano. Porém, mesmo com um corte de 10 milhões de barris produzidos diariamente, os investidores do mercado internacional não se animaram. “O preço do petróleo está em colapso e isso é uma realidade que não adianta disfarçar, ainda que a Opep e aliados busquem contornar essa realidade a todo custo, a economia do setor não demonstra sinais claros de uma retomada confiável. Sabemos que existe muito petróleo armazenado e poucos oleodutos para conduzi-los, pois a demanda pelo produto despencou em queda livre após as primeiras mortes por coronavírus na Europa”, explica o especialista da Unitede ICAP, Scott Shelton.

A Opep e a Opep+ (grupo de aliados formados pela Rússia), especulou cortes de até 20 milhões de barris por dia, equivalente a 20% da demanda global em dias normais. Entretanto, um corte de 10 milhões de barris de petróleo por dia estaria valendo somente para o período entre maio e junho deste ano, afirmou o ministro do Irã. Já entre os meses de junho e final de dezembro deste ano, o corte seria de 8 milhões de barris por dia.

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