É o momento de investir em empresas de tecnologia? A Empiricus responde
Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus, trouxe em um dos seus artigos mais recentes a resposta para a dúvida de muitos investidores: Devo comprar ações de empresas de tecnologia. Continue lendo e veja o resumo com os pontos mais importantes do texto.
O co-CEO da Empiricus começa o artigo citando Nassim Taleb. De acordo com ele, a capacidade de a política monetária influenciar o crescimento mundial é baixa, próxima a zero. A ideia do pensador é que as empresas de tecnologias têm liderado o crescimento do mundo, em especial na China que deixou (há muito tempo) de ser um país catalisador da indústria pesada e se tornou um polo de tecnologia.
As empresas de tecnologia vão trazer os juros para baixo, mesmo não sendo a natureza desse campo. Para Taleb quando há tecnologia envolvida, o cenário muda de linear para distribuições do tipo “winner takes all” (o vencedor leva tudo), o que representa grandes crescimentos em trajetórias exponenciais. É uma atmosfera que traz retorno para o investidor que aposta alta, parte do alto risco da campanha, mas a possibilidade de supermultiplicação do capital investido, que só é viável se estiver no equity.
Miranda da Empiricus, acredita que o pensamento está certo, mas somente em um contexto micro e não macro. Ele ressalta o valuation de empresas como o Nubank, cujo valor de mercado gira em torno dos 10 bilhões de dólares, o lucro apresentado pelo Mercado Livre e ainda as atividades de Magazine Luiza e Banco Inter.
O que vale mesmo é “last mile” – característica das empresas em relação ao contato com o cliente. Ela precisa se focar na plataforma, na capacidade de escalar produtos e serviços, bem como sua obstinação por melhorar a experiência do cliente, independente da área em que atua. Pode ser banco, viagens, investimentos, enfim, seu intuito deve ser a corrida para conseguir dezenas de milhões de cliente.
Também é importante avaliar se a companhia que deseja investir apresenta investimentos em tecnologia para seu crescimento interno, seu life time value (valor do cliente para a companhia), seu CAC (Custo de Aquisição do Cliente) e sua capacidade de gerar resultados. Assim é possível determinar o real valor da empresa.
O co-CEO da Empiricus explica que diferente dos modelos tradicionais de negócios, as empresas tecnológicas apresentam valor em perpetuidade, portanto os modelos tradicionais que focam em resultados de curto prazo, perdem sentido.
Segundo ele, o valor em perpetuidade pode ser decomposto de forma natural por meio de métricas tradicionais como fluxo de caixa e DRE (demonstração de resultados) em diferentes cenários, do mais pessimista ao mais otimista. Dessa forma, é possível obter uma certa margem de segurança no respectivo valuation, mesmo que o valor só apareça no longo prazo. Felipe Miranda, da Empiricus finaliza afirmando que o mundo cada vez mais tecnológico exige uma adaptação à nova realidade, uma vez que ele não vai se adaptar à nossa visão das coisas. Somos nós que temos que nos adaptar a ela.