Plataformas permitem investir em negócios de impacto social com apenas R$ 500

Antes somente investidores qualificados (com pelo menos R$ 1 milhão de capital) poderiam investir em negócios de impacto social. Agora qualquer investidor pode contribuir com startups e empresas que tenham cunho social, procuram criar soluções para modificar a comunidade que estão inseridas, melhorar a saúde, reduzir impactos ambientais, entre outros temas sociais.

Tudo poderá ser feito a partir das plataformas de financiamento coletivo que conectam investidores e negócios. Em alguns casos, é possível investir quantias a partir de R$ 500 e ver a iniciativa crescer. Em troca, os investidores recebem juros sobre o capital emprestado, podem se tornar parceiros ou até sócios.

Para os empreendedores, é uma excelente maneira de angariar recursos sem ter que recorrer às instituições bancárias, cujos juros são desanimadores. Já o consumidor pode ter retorno financeiro e ainda fica o bem-estar de ajudar uma causa.

Entre as plataformas está a emprestimocoletivo.net, no mercado há menos de um mês. Desenvolvida pela Sitawi Finanças do Bem, a iniciativa já mobilizou R$ 30 milhões para negócios de impacto social.

Cinco empresas já foram selecionadas e devem receber o aporte de R$ 700 mil já captados pela plataforma. Entre eles, projetos para auxiliar a agricultura familiar em regiões de seca, promovendo a cultura da produção de alimentos orgânicos, para a educação, saúde e distribuição de água limpa no país.

De acordo com a gerente de créditos da Sitawi, Andrea Resende, a plataforma seleciona empresas capazes de gerar algum tipo de impacto e que geram lucro. Ela ressalta que a plataforma não permite que os investidores se tornem sócios do empreendimento. Eles recebem juros de 1% sobre o valor emprestado a partir do quinto mês, recebendo o capital investido e os juros. A empresa, por sua vez, tem 24 meses para quitar a dívida. Como há a possibilidade de prejuízo, o investidor precisa se informar sobre o futuro da empresa, atividades que desenvolve e a gestão como um todo. Isso porque o capital investido não é coberto pelo FGC – Fundo Garantidor de Crédito, mas há casos que há a cobertura. Portanto, pesquise bem antes de se tornar um investidor.

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